domingo, 10 de maio de 2015

Feliz dia das mães! A mãe que sou e a mãe que quero ser...

Eu acredito que honrar a mãe vai muito além do segundo domingo de maio e dos presentes freneticamente comprados alimentando o consumismo e nossa sociedade capitalista.
Penso que a PARCERIA entre mãe e filhos tem que ser "tecida" dia a dia, com pequenos gestos, com grandes gestos, com um respeito que circula numa via de mão dupla e com discussões, com embates sobre opiniões, sim, tudo isso faz parte!
Ser mãe da Bárbara foi romântico mas não foi a maternidade real, me escondia entre lágrimas tentando entender quão avassalador era tudo aquilo que eu estava sentindo...
Ser mãe do Júnior foi desconectar-me de mim mesma e depois reconectar-me num processo doloroso mas, extremamente necessário me tornando definitivamente não só outra pessoa, mas outra mãe!
Agora, essa gestação me faz olhar profundamente pra mim mesma, mergulhar no meu profundo muitas vezes sem achar o caminho de volta... Me perder, me encontrar, me perder, me encontrar...
Definitivamente esse é o começo (porque eu acredito que esses questionamentos nunca terão fim e isso é saudável) dos questionamentos que me fazem entender qual é meu lugar no mundo como mãe.
É o momento de desconstruir conceitos enraizados, elaborá-los de uma maneira que sejam coerentes com quem sou...
É claro que me emociono com as manifestações de carinho e amor entre mães e filhos nas time lines da vida, me emociono com o carinho dos meus, com a cartinha, com o gesto...
Acredito que apesar de todo o contexto capitalista e muitas vezes hipócritas que sondam as "famílias" nesse dia, devemos sim nos cercar de bons sentimentos, ser gentios, carinhosos e estender isso ao longo dos dias, independente da comemoração...
Eu? Como filha deito a cabeça no travesseiro com a certeza de que o meu melhor sempre dei, independente da data. Honro minha mãe em todos os dias da minha vida, por toda a sua luta, por tudo que representou e representa pra mim, por nossa parceria e por todo seu amor!
Como mãe, experiencio todos os dias a dor e a alegria de ser quem sou, penso que é a melhor parte de mim, pois foi através da maternidade que cultivei e ainda cultivo o meu melhor!
Cada vez mais tendo a consciência de que meus filhos são seres independentes de mim, que devo respeitá-los pra que eu seja respeitada (o conceito de me respeite porque sou sua mãe, pra mim não serve mais, é muito mais profundo do que isso), que devo entender que serão do mundo sim (quem diria que essa frase sairia de mim), não são propriedades minhas! Não devem viver com o peso de que um dia terão que cuidar de mim se eu ficar velha e inválida. Não devem viver suas vidas de modo a agradar o meu ponto de vista.
Nesse dia das mães quero me libertar de todas as amarras sociais pra que possa ser uma mãe, onde a criação dos meus filhos os tornem pessoas LIVRES, INTEIRAS E PLENAS!
Essa foi a cartinha que ganhei da Bárbara.
A professora do Júnior teve a delicadeza de fazer um biscoito "a todas as mãos", mandar num saquinho com 2 sachês de chá. Ele esperou ansiosamente a parte da tarde pra que tomássemos o chá e comêssemos os biscoitos, rssss... Sentou no meu colo me olhando de quando em quando e fazendo carinho enquanto tomávamos o chá. Esses são uns dos pequenos gestos que tecem nossa parceria e a relação que estamos construindo...

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